31 de maio de 2010

Aconteceu você


É de repente mesmo, como dizem
O telefone não tocou
Aquela música também não
Não tiveram sinos ao longe
Muito menos câmera lenta
Nada de cartas
Nada de sonhos
Nada de nada
Quando percebi, ele já cuidava de mim
Nem sei dizer o motivo
Olhei pro lado e ele sorria
Nunca falou muito
Mas tava sempre ali
Segurando minha mão
Acalmando minha fúria
Enxugando minha lágrima
Me intrigou tanto aquela presença
Por quê tanto cuidado com uma fera sem destino?
Tentei algumas vezes, inconscientemente, fugir daqueles braços
Sempre tão independente
Nunca precisei repousar em portos seguros
Meu medo se encaixava na solidão da minha cama (de casal)
Jamais aceitaria um abrigo certo depois de tanto erro acumulado
E ele parado no mesmo lugar
Ali
Me olhando
Será que não se assustou com a intensidade dos rugidos?
Doente alma feminina repleta de sonhos
Incansável menino do olhar
Liberdade presa no peito de um estranho
Indecifrável calmaria numa contínua tempestade
De repente
Aconteceu você...
... e eu

(Lara Gay)

6 comentários:

A menina dos olhos de Deus disse...

Queeee liiindooo Larinhaa *---*
Ameei o textooo!
BEIJOOOS'

Unknown disse...

Que lindas palavras Lara. Você escreveu, o que até então, eu pensava não existir. Adoroo como você usa as palavras. Adorei o texto. E como já comentei contigo por twitter, conseguiu me emocionar. Parabéns, mais uma vez.
Beijao =*

A. Le Savoldi�� disse...

Caraca amiga, um dos textos mais liiiindos que VC já escreveu !!!!

AMEI SEM PALAVRAS!!!

Vai pra revista esse mês ;)

TE AMO, minha borboleta azul! na tempestade e na calmaria.

Vanessa disse...

Olha.. já falei o que eu achei desse post no twitter, mas vale a pena reforçar.. todo aquele que ama e gosta do que é bom vai adorar ler esse post.. parabens..
Beijos

Juliana Lohmann disse...

Amei o texto... Lindo demais!

Te amo.

Jay disse...

É tanto amor que as vezes penso que não cabe numa só felina,li hoje posts antigos seus e descobri algumas paixões, alguns amores, algumas "cismas"...
Tão intenso o jeito que você escreve, tão musical...Quem me dera ser você quando eu crescer!