23 de novembro de 2011
Nosso Sempre.
16 de novembro de 2011
Pra não mais falar de amor...
... porque a leveza desse sentimento pesa mais que o suportável nas mãos da solidão
Nesse vai e vem inacabável de companheiros de corpo quando, na verdade, quem mais procura seu companheiro é a alma.
Caio em buracos e me ergo com a pressa de voar sem nem saber (ainda).
Corro diariamente não para chegar em algum lugar, mas para sair de onde estou. E nem sei o motivo.
Evito escrever, evito parar, evito pensar, evito sentir.
Tudo pra não mais falar de amor.
Pintei uma caixinha cheia de corações azuis e joguei minhas dores e amores ali dentro. Vez ou outra, olho pelo buraquinho lateral que fiz para eles respirarem enquanto tentam se resolver de alguma forma. E quase nunca consigo reconhecer quem é dor e quem é amor.
Nessa rima secular e estúpida que se acompanha eternamente virando clichê de músicas e poemas, eu me proíbo de juntar “amor e dor” em um texto, por isso, corto a tentação aqui!
Pra não mais falar de amor, mudei a trilha sonora da minha rotina, parei de ver comédias românticas e só leio livros de ficção.
Penso em sexo só por prazer, olho belezas sem me apegar e finjo ser fria pra disfarçar.
Tudo inútil.
O danado do amor sempre arruma um jeito de estar presente aonde quer que seja.
Pra não mais falar de amor, resolvi não amar... mas não consegui.
(Lara Gay)