31 de agosto de 2009

incógnita


de súbito arrisco umas palavras soltas
confusas entre lágrimas e soluços
um nó apertado na garganta
a vergonha da minha fraqueza.

assumo entre o álcool e a verdade
um sentimento proibido oculto
e com tantas dicas em tão pouco tempo
é necessário se perder pra se entender
pra me entender.

o que era tão evidente no silêncio
foi revelado com gritos engasgados
e a tua face assustada me olhando
como quem quer fugir desse leão indomado.

um leão tão covarde e ferido
que finge não sentir e não sonhar...


... nos abraçamos no escuro

meus sonhos são protegidos
tudo se cala
os olhos se fecham...

... e o dia chega
como se nada tivesse acontecido.


(Lara Gay)

Um comentário:

E. disse...

Fiquei encantada com os seus textos... muito bons! parabéns!